Dia Internacional da Mulher: 8 de março marca dia de lutas por igualdade
O dia internacional da mulher, comemorado no mundo inteiro no dia 8 de março, serve para lembrar das lutas sobre a desigualdade que muitas ainda enfrentam mesmo no século 21. Uma das áreas que mais afetam a vida das mulheres em relação a desigualdade é no mercado de trabalho. Ainda existe casos de salários menores para mulheres e cargos inferiores mesmo a mulher possuindo algum nível de conhecimento sobre a atividade.
No Brasil, essa data não apenas comemora as vitórias alcançadas, mas também serve como uma forma de discussão e lembrete sobre a desigualdade de gênero e a situação das mulheres no mercado de trabalho. Apesar de avanços significativos ao longo dos anos, elas ainda enfrentam desafios profissionais. A disparidade salarial persiste, com as mulheres ganhando menos que os homens em posições equivalentes. Além disso, questões como o assédio sexual e a falta de oportunidades de crescimento profissional continuam a ser obstáculos enfrentados pelas mulheres.
A partir de 1962 as mulheres brasileiras puderam trabalhar no mercado formal sem a necessidade da autorização do marido. Atualmente, segundo a projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que a participação das mulheres no mercado de trabalho deve chegar a 64,3% em 2030.
Elas começaram a entrar no mercado de trabalho formal, inicialmente em setores como educação, enfermagem e trabalho doméstico. Com o passar das décadas, a participação feminina se expandiu para outros setores, embora ainda com várias barreiras pelo caminho.
Em 2024 as mulheres colocadas em situações nas quais são orientadas a seguir áreas que trabalhem cuidados com o outro, como também profissões nas quais a feminilidade prevaleça, mesmo com boas qualificações profissionais.
Outra barreira para as mulheres tem sido a desigualdade salarial. Apesar de avanços significativos em termos de educação e participação no mercado de trabalho, as mulheres ainda ganham, em média, menos que os homens pelas mesmas funções.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que as mulheres recebem, em média, 78% do salário dos homens para o mesmo trabalho, o que representa uma diferença de 22%.
MULHERES NA POLÍTICA
Em Mato Grosso temos a deputada Janaina Riva (MDB), é a única mulher a ocupar o cargo na Assembleia Legislativa. A parlamentar já ocupou o cargo de primeira vice-presidente da Mesa Diretora da Casa de Leis, e está em seu terceiro mandato. Além disso, Janaína Riva foi a deputada estadual mais votada nas duas últimas eleições no Brasil, com 51.546 votos e 82.124 votos, respectivamente. Riva foi a primeira mulher na história da Assembleia a ocupar, em 2019, o cargo de presidente da Casa.
Já na Câmara de Cuiabá, pela primeira vez na história, uma capital tem uma mesa diretora eleita composta inteiramente por mulheres. A vereadora Paula Calil (PL) foi eleita para comandar a Câmara Municipal de Cuiabá até 2026. A Maysa Leão (Republicanos), ficou como primeira vice-presidência; Michelly Alencar (União), segunda vice-presidência; Katiuscia Manteli (PSB), primeira-secretária; e Doutora Mara (Podemos), segunda-secretária.
Ao todo, a Câmara de Cuiabá conta com 27 parlamentares. Do total, oito são mulheres — cerca de 30% do plenário. Mulheres só haviam ocupado inteiramente uma mesa diretora em capital em ocasiões especiais, como no Dia Internacional da Mulher.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. Essa data simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens.
Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.
Apesar de já estarmos no século XXI, muitas mulheres enfrentam dificuldades em ter direitos básicos garantidos ao redor do mundo. Desde casos mais extremos, como países árabes que imputam uma série de proibições às mulheres, inclusive do direito de ir e vir, até países mais liberais, como o Brasil, onde o machismo estrutural ainda dita muitas das regras vividas no dia a dia.
Por isso a data é tão importante, pois ela faz com que o mundo pare por um dia para ouvir o que as mulheres têm a dizer e, a cada pequena intervenção, as mudanças necessárias vão sendo implementadas na sociedade.
