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Etanol está barato porque motoristas migraram para gasolina, explica Sindipetróleo
Publicado em 01/03/2022 14:49
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Depois de quatro meses com o valor do litro acima dos R$ 4, o etanol voltou a apresentar queda de preço durante a última semana. Em diversos postos de Cuiabá, foi possível encontrar o produto por até R$ 3,94, o que representa uma redução de quase 10% no valor final para o consumidor.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do combustível em Mato Grosso, no mês passado, era de R$ 4,75. Em alguns municípios, o levantamento de preços chegou a marcar até R$ 6,47 como preço máximo, e R$ 4,37 como mínimo.

Já para o mês de fevereiro, o preço médio é calculado em R$ 4,46, sendo que, na última semana, a pesquisa oficial encontrou postos que vendem o produto a até R$ 3,99. Na Capital, porém, a reportagem já encontrou postos vendendo o litro do etanol a R$ 3,97 e R$ 3,94.

Diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo), Nelson Soares Júnior explica que a queda no valor do combustível é resultado de uma grande oferta do produto, que ficou acumulada diante do aumento de preço experimentado em 2021.

“O etanol tem feito uma curva descendente desde o início do ano, porque ele exagerou no preço. O mercado foi transferido para a gasolina, acabou sobrando o produto e, para se desfazer desse estoque, ele teve que baixar o preço. Como o etanol subiu demais, a população, que tem 90% da frota hoje flex, foi para a gasolina, que era mais barato, compensa mais”, observa.

Segundo o gestor, ainda não é possível estimar por quanto tempo o preço do etanol vai se manter abaixo da linha média dos últimos meses. Contudo, Nelson destaca que o produto tem seu preço puxado pelo valor da gasolina, que, por sua vez, também sofre impacto direto com a oscilação do preço do barril de petróleo e do dólar.

Nelson aponta que o mercado brasileiro está defasado frente ao câmbio internacional e, por isso, a Petrobras pode promover um reajuste no preço da gasolina. Entretanto, não há indicativos desse aumento.

O diretor ainda observa que, desde o início do ano, o combustível também experimentou uma queda significativa no preço cobrado do consumidor final. Em parte, segundo ele, o movimento é responsável pela redução na alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), promovida pelo governo estadual, que foi de 25% para 23%. Por outro lado, também houve estabilização nos preços internacionais.

“Historicamente, o etanol pega carona na gasolina, então, se ela subir, muito provavelmente ele vai subir. Agora, estamos passando por grande expectativa e grande especulação, então, fazer qualquer previsão nesse momento é pura bola de cristal, porque não dá para saber como o mercado vai se comportar depois que esse evento da Rússia com a Ucrânia passar”, finaliza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: REPÓRTER MT

 

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