Mato Grosso foi o 9º estado com mais mortes de pessoas LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) em 2021, de acordo com o relatório do Grupo Gay da Bahia. Foram 15 mortes violentas registradas no ano passado.
No país, foram 300 pessoas da comunidade LGBT+ assassinadas. O estado com mais registros foi São Paulo, com 42 ocorrências do tipo.
Segundo o relatório, no Brasil uma pessoa LGBT+ é morta no país a cada 29 horas. A maioria das vítimas, 51% dos casos, era gay, com 153 mortes. Travestis, transexuais e mulheres trans estão em segundo entre os mais mortos de forma violenta, com 110 ocorrências (37%).
"A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ao equiparar a homofobia ao crime de racismo, foi acertada e necessária, mas os efeitos dessa nova postura serão mais efetivos quando o Executivo implementar ações de monitoramento, responsabilização dos agressores e políticas de respeito às diferenças, entre as quais ações sociais de combate às vulnerabilidades do segmento LGBT", diz trecho do relatório.
Não só as mortes em Mato Grosso foram destacadas no relatório. Cuiabá é uma das 10 capitais com maior recorrência de casos de violência letal homotransfóbica, com 3 mortes em 2021. A capital mais insegura para a população LGBT+ em 2021 foi Salvador (BA), com 12 mortes do tipo.
O dia da semana em que mais ocorreram mortes violentas de pessoas LGBT+ foi o sábado, com 18,33% das 300 ocorrências apresentadas no relatório.
Entre as 5 mortes de ativistas LGBT+ em 2021 citados pelo relatório está o Rogério Diego dos Santos, 29, que atuava como a drag queen Julya Madsan, em Juína (735 km a noroeste de Cuiabá).
Ele foi morto em 13 de novembro e seu corpo encontrado às margens de uma estrada vicinal, em uma área alagada, com o corpo cheio de facadas.
FONTE: REPÓRTER MT