Carlos Daniel da Silva Oliveira, autor de um disparo de arma de fogo, um revólver calibre 38, contra a barriga de Amilton Junior Reolon Neves, 21 anos de idade, fato ocorrido na noite de sábado, dia 15 de julho, em um bar na cidade de Porto dos Gaúchos, se apresentou a justiça nesta segunda-feira, dia 17.

A apresentação aconteceu na delegacia da Polícia Judiciária Civil de Porto dos Gaúchos e Daniel estava devidamente acompanhado do seu advogado Deyvid Neves Delbom e deu seu depoimento para o escrivão de plantão naquela unidade.

Em seu depoimento, Carlos Daniel relatou que o fato de ter atirado em seu opositor, foi por que ele o havia ameaçado de morte através de uma chamada de vídeo e que na madrugada do dia 12 de julho, Junior Reolon teria ido além das ameaças, atirando várias vezes em sua residência, sendo que foram encontrados projeteis e capsulas de uma arma caibre 380.

Na época Carlos Daniel registrou um boletim de ocorrências, mas disse que a fúria do rival seria por que ele estava se relacionado com a ex-companheira dele, a jovem KA e que agressão teria sido por ciúmes.

Segundo o advogado de Carlos Daniel, Deyvid Delbom, em entrevista exclusiva ao Show de Notícias, em seu depoimento, o seu cliente disse que não tinha a intenção de matar Junior Reolon, apenas agiu sob forte emoção e temendo pela sua vida, tomou essa atitude isolada, no intuito de intimidar o seu opositor, mas reconhece que errou e está disposto a pagar pelo seu erro.

De acordo com o advogado, não houve nenhuma briga envolvendo mulher e que o Carlos foi vítima de uma tentativa de homicídio. Outro fato é que no mês de maio, houve um desentendimento entre os dois e mais alguns amigos, em uma festa na comunidade São João.

Carlos foi ouvido e liberado, uma vez que não houve flagrante e que ele se apresentou espontaneamente, acompanhado de um defensor de fato.

Conforme o advogado, a arma usada pelo seu cliente para atirar contra Junior Reolon, não é legalizada e que será entregue oportunamente para a justiça e que, em nenhum momento a arma falhou, conforme se comentou e sim, ele disparou apenas uma vez, por temer pela sua vida e que teve a preocupação de não efetuar mais disparos, temendo atingir outras pessoas que estavam no recinto.

Deyvid acredita que o delegado de Porto dos Gaúchos deverá concluir o inquérito num prazo de 30 dias, dependendo da conclusão das investigações, poderá indiciá-lo por tentativa de homicídio ou lesão corporal grave.

Por sua vez, Amilton Junior Reolon foi operado no hospital municipal de Juara, teve a barriga aberta para ser realizada a cirurgia, perdeu um dos rins, mas se recupera bem e deve voltar a vida normal logo.