A Câmara de Vereadores do município de Porto dos Gaúchos terá uma sessão inédita nesta quinta-feira, dia 19 de outubro, quando será votado o pedido de cassação do vereador Claudiomar Braun (PSB), acusado de homofobia contra o presidente da Casa, vereador Leandro Budke (MDB).

A aprovação, ou não, do parecer da Comissão Processante, presidida pelo vereador Tenente Donizete (MDB), que pede a cassação do vereador Claudiomar Braun (PSB), por quebra de decoro parlamentar pelo crime de homofobia contra o presidente da Casa Leandro, acontece na sessão extraordinária, a partir das 19 horas, no plenário da Câmara de Vereadores local.

Segundo o presidente Leandro Budke, desde 2021 Claudiomar Braun vem praticando o crime de homofobia contra ele. Após três episódios com ofensas contra a sua opção sexual, tomou a decisão de registrar um boletim de ocorrência, contra o colega de parlamento.

Para cassar o vereador Claudiomar Braun, são necessários dois terços dos votos dos 09 vereadores da casa, portanto 06 votos.

A classe politica de Porto dos Gaúchos está mobilizando os moradores e a comunidade LGBTQIA+, para participarem da sessão, que será aberta para a população, devendo vir homossexuais de outras cidades, inclusive de Cuiabá.

Claudiomar já havia sido denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE), no dia 19 de setembro. Conforme a denúncia, assinada pela promotora Anízia Tojal Serra Dantas, o teor das ofensas fere os direitos fundamentais de qualquer grupo minoritário e à Comunidade LGBTQIA+, atingindo a dignidade do colega de vereadores, teria postado: “pela mãozinha, é bem seu perfil mesmo”.

Em outro episódio, em maio deste ano, em uma reunião da Câmara para debater projetos de leis, o vereador Claudiomar teria desferido frases ofensivas e discriminatórias para Leandro como “o c* é seu, você dá para quem você quiser”.

Ainda, segundo o relato do presidente Leandro, o terceiro caso ocorreu quando Claudiomar gritou na área externa da Câmara: “odeio veado!”.

Por sua vez, Claudiomar Braun chegou a se manifestar por meio de nota e vídeo, afirmando ser contra homofobia e que todos conhecem seu “jeito simples de ser”. Ele argumentou ainda, que tem sido atacado gratuitamente pelo vereador Leandro e que o desentendimento entre os dois teve início quando ele se recusou a votar a favor de uma Comissão Processante para investigar o prefeito Vanderlei Antônio de Abreu (MDB).