A partir de abril de 2024, sete estados brasileiros suspenderão a vacinação contra a febre aftosa, anunciou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) durante o 3º Fórum Nacional do PE-PNEFA. Essa medida, parte do Plano Estratégico para a Febre Aftosa 2017-2026, busca ampliar zonas livres da doença no país. “No entanto, impõe desafios ao setor pecuário e visa transformar o Brasil em um território totalmente livre da febre aftosa sem vacinação até 2026”, explica Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX.
A partir de informações reveladas durante o 3º Fórum Nacional do PE-PNEFA, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tomará a decisão de suspender a vacinação contra a febre aftosa, a partir do mês de abril de 2024, em sete estados.
Eduardo de Azevedo, diretor de Saúde Animal, fez o anúncio durante o evento, destacando a importância dessa medida para o avanço do plano estratégico.
Essa decisão, fruto de discussões realizadas pela Equipe Gestora Nacional (EGN) coordenada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, envolve os estados do Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe, que pertencem aos blocos II, III e IV do PE-PNEFA.
A expectativa é publicar em breve a Portaria no Diário Oficial da União, antecipando a última etapa da vacinação para abril de 2024.
Segundo Carlos César Floriano, “O propósito é dar continuidade ao Plano Estratégico, que visa assegurar a posição de país livre da febre aftosa e expandir áreas livres da doença sem a necessidade de vacinação”, diz.
O Brasil atualmente possui certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação em alguns estados, mas busca a ampliação dessa condição para todo o território nacional até o ano de 2026.
Carlos César Floriano esclarece os desafios e restrições
Enquanto alguns estados avançam para suspender a vacinação, outros ainda enfrentam desafios e restrições.
Conforme informações de Carlos César Floriano, “A Portaria nº 574, publicada pelo Mapa em abril de 2023, proibiu o armazenamento e uso de vacinas contra febre aftosa em outros estados”.
Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e o Distrito Federal, pertencentes ao Bloco IV do plano, seguem se preparando para alcançar a condição de livres da doença sem vacinação.
O Brasil mira o objetivo de tornar-se completamente livre da febre aftosa sem vacinação até 2026. Entretanto, para que isso seja viabilizado, será implementada uma restrição na movimentação de animais e produtos entre os estados que suspenderão a vacinação e os demais que ainda a praticam, a partir de maio de 2024.
A continuidade da campanha de vacinação em determinados estados, como Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e parte do Amazonas, segue programada para maio e novembro de 2024. “Os produtores devem adquirir as vacinas em locais autorizados e seguir rigorosos procedimentos de aplicação, declarando a imunização aos órgãos de defesa sanitária animal”, explica Carlos César Floriano.
O 3º Fórum Nacional do PE-PNEFA, realizado virtualmente, abordou estratégias para a erradicação da febre aftosa, com enfoque em diferenças entre zonas livres da doença com e sem vacinação, avaliação dos estados e ações para os próximos anos, destacando o Programa de Vigilância Baseada em Risco (PVBR) frente à febre aftosa.
Carlos César Floriano - CEO do grupo VMX
Publicado em 20 de Janeiro de 2024 , 18h07 - Atualizado 20 de Janeiro de 2024 as 18h11