Através de uma iniciativa inédita em Juara, a Unemat, Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Juara, irá ministrar curso profissionalizante para 07 detentos da cadeia pública local.
Na noite dessa terça-feira, dia 23 de abril, aconteceu uma reunião no Campus da Unemat para tratar sobre o programa, onde participaram os professores envolvidos no projeto, o Promotor de Justiça, Dr. Rodrigo da Silva, o diretor do Sistema Prisional de Juara, Pedro Zarlan Peres, Luciane Menegaz, representando a Polícia Civil, a presidente do Conselho da Comunidade, Tatiane de Oliveira e acadêmicos que irão ministrar as aulas para os detentos.
De acordo com o diretor do Sistema Prisional de Juara, Pedro Zarlan, a ideia surgiu do Dr. Igor Bergamaschi, que é professor da Unemat e assessor da Defensoria Pública. A seleção dos internos que vão participar do treinamento, segundo Pedro Zarlan, será feita de acordo com a capacidade de cada um deles, principalmente aqueles que já têm um espírito empreendedor.
O advogado e professor Igor Felipe Bergamaschi, explicou que é um programa de parceria, entre a Unemat, Defensoria Pública, Ministério Público, prefeitura, Sistema Prisional, entre outros atores envolvidos.
O objetivo segundo Igor, é levar os alunos, que serão treinados pelos professores, para qualificar essas pessoas, que terão 07 (sete) encontros sobre empreendedorismo, com aulas ministradas dentro da própria cadeia pública de Juara, para que, ao saírem do sistema prisional, onde cumprem pena por algum crime ou delito cometido, possam ser reinseridos na sociedade de maneira mais rápida e sem traumas devido ao período em que ficaram reclusas.
Alexandre Nascimento, professor de administração da Unemat, disse que a ideia é fomentar nesses homens o interesse de participar da Unemat, desenvolver a aptidão pelos estudos, adquirindo assim uma profissão para o futuro.
O educador disse que os professores que vão ministrar aulas específicas para os alunos, que repassarão para os detentos, o conhecimento adquirido. Segundo Alexandre, os alunos de todos os cursos superiores não serão remunerados, mas terão como recompensa 40 horas atividades de extensão, que ajudarão a atingir as 320 horas necessárias.
Dr. Rodrigo da Silva, promotor de justiça criminal de Juara entende que projetos como esse promovem uma verdadeira ressocialização na vida do reeducando, uma vez que o Ministério Público não se preocupa apenas com a penalização e cumprimento da pena, mas, também, com o retorno dessa pessoa que cometeu um crime, sai da cadeia e retorna para a sociedade.
O promotor disse que o fato desse reeducando voltar à vida normal aqui fora, com uma qualificação profissional, para ganhar o sustento de sua família com seu trabalho e ser uma pessoa melhor do que quando entrou. “Essa ressocialização, esse estímulo ao trabalho dentro das cadeias, tem como estímulo a redução da pena, uma vez que, a cada três dias trabalhados, o reeducando ganha um dia de redução no final”, explicou o promotor.
: Aparicio Cardozo Show de Notícias
Publicado em 24 de Abril de 2024 , 10h54 - Atualizado 24 de Abril de 2024 as 11h10