A presidente da Câmara de Vereadores de Juara, Patrícia Vivian da Guia (Republicanos), utilizou a tribuna durante a última sessão para contestar o prefeito Nei da Farmácia (PRD) sobre duas decisões recentes da gestão: a contratação da empresa para coleta de lixo e o veto ao projeto de realização de ultrassonografias morfológicas no município.
Patrícia relatou que seu projeto, que previa o custeio de exames de ultrassom morfológica para gestantes, foi vetado pelo Executivo sob a justificativa de ausência de dotação orçamentária. O veto chegou a ser derrubado pelos vereadores, mas, segundo ela, o prefeito ingressou com ação no Tribunal de Justiça para impedir a execução da medida.
"Outra indignação minha é sobre a ultrassom morfológica. Nós mandamos o projeto, o prefeito vetou, nós derrubamos o veto e, mesmo assim, ele entrou na Justiça para revogar o nosso projeto, alegando que o município não tinha recursos para custear", afirmou.
A vereadora também criticou o contrato firmado para a coleta e destinação do lixo, afirmando que o prefeito havia garantido, em reunião com a Câmara, que não assinaria a ordem de serviço.
"Nós explicamos tudo para ele, mostramos o que poderia ser feito para cancelar esse contrato. Ele deu a palavra de que não assinaria, mas depois disse que perderia 30 anos de amizade com a gestão passada se não desse a ordem de serviço. Que amizade é essa que coloca a população para perder?" questionou.
Além disso, Patrícia Vivian também contestou a contratação de uma empresa de imprensa de Cuiabá por R$ 20 mil, que, segundo ela, divulga índices de aprovação distantes da realidade vivida pelos moradores de Juara.
A presidente encerrou sua fala dizendo que, embora evite desabafos nas redes sociais, não poderia deixar de se manifestar oficialmente na tribuna da Câmara sobre os fatos.