A Polícia Judiciária Civil de Juara participou das investigações que levaram a apreensão de uma aeronave de origem boliviana, drogas e armas de fogo durante operação do Grefron, realizada no último domingo (31), que resultou na prisão de quatro pessoas — três brasileiros e dois bolivianos — suspeitos de participação em esquema de narcotráfico internacional.

Um adolescente também foi identificado como envolvido no caso, confessou participação, mas foi liberado para a família e responderá por ato infracional.

Segundo o delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Juara, Dr. Carlos Henrique Engelmann, a operação foi deflagrada após informações repassadas por agências de segurança pública que monitoravam a movimentação da aeronave desde a Bolívia.

O avião pousou em uma pista localizada em uma fazenda do município, distante cerca de 50km da cidade de Juara, onde foi interceptado por policiais.

Durante a abordagem, os agentes encontraram cerca de um quilo de cocaína, combustível sendo transportado irregularmente para abastecer a aeronave e armas de fogo em uma residência próxima.

Os envolvidos foram autuados em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas, corrupção de menores, transporte irregular de combustível (art. 56 da Lei 9.605/1998) e posse irregular de armas de fogo e munições.

“Os presos permanecerão na cadeia pública de Juara, à disposição da Justiça da 3ª Vara desta comarca. Caso seja comprovado que se trata de tráfico internacional, a competência poderá ser deslocada para a Justiça Federal”, explicou Engelmann em entrevista ao jornalista Aparício Cardozo, do Show de Notícias.

A aeronave e os materiais apreendidos passaram por perícia para verificar a presença de resíduos de drogas e a procedência do avião, que pode ter sido roubado ou furtado.

A Polícia Federal foi comunicada sobre a prisão dos dois estrangeiros e poderá analisar eventual pedido de extradição, caso seja solicitado pelo governo boliviano, já que um deles possui histórico de crimes graves naquele país.

Contra um dos bolivianos, consta um mandado de prisão por homicídio em aberto expedido pela justiça do seu país.

As investigações seguem em andamento para apurar outros envolvidos e a possível utilização de pistas clandestinas para o tráfico aéreo na região.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) também foi acionada para verificar a situação da pista utilizada na operação.