Um venezuelano foi preso pela Polícia Civil por envolvimento no sequestro e assassinato de Gabriel Feitosa Silva, de 24 anos, na cidade de Sorriso. O corpo dele foi encontrado dentro Rio Lira com sinais de estrangulamento e amarrado a uma pedra, na última terça-feira (2). A execução foi transmitida por videochamada pelos integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Gabriel desapareceu com a namorada no dia 31 de agosto enquanto estava em um bar. Ambos foram abordados e acusados de integrarem uma facção criminosa rival. Durante o sequestro, o casal foi mantido em cárcere privado. De acordo com o delegado da Polícia Civil, Bruno França, o suspeito venezuelano transportou a namorada da vítima entre os cativeiros.
“Ele participou do sequestro, do tribunal que decidiu pela morte da vítima. Enquanto os comparsas foram matar o Gabriel, ele transportou a namorada dele de um cativeiro para outro e lá manteve ela refém até que a facção desse autorização para ser liberada”, disse.
Na noite de segunda-feira (1º), dois criminosos, que usam tornozeleira eletrônica, foram presos. Durante as diligências, a Polícia Civil conseguiu encontrar outra mulher envolvida no crime. Segundo o delegado a mulher já havia tentado assassinar dois jovens no mês de agosto. Ambos foram salvos pela Polícia Militar. O adolescente de 12 anos, filho dela, teria auxiliado para manter a namorada de Gabriel mantida em um cativeiro. Na ocasião do sequestro, ele teria ficado como um ‘guarda’ da vítima.
“Essa mulher já havia sido identificada no início da investigação. É uma participante de organização criminosa há muito tempo em Sorriso. Levou o filho menor para participar em uma espécie de “categoria de base”, inexplicável. Ela participou de todas as etapas do crime desde a preparação, o sequestro, toda a parte do tribunal do crime”, disse o delegado.
Já Luiz Afonso da Cruz Palheta morreu baleado em um confronto com os policiais civis. Ele está envolvido em vários roubos e assassinatos. A autoridade policial explicou que o integrante da facção criminosa Comando Vermelho estava recebendo apoio do dono de uma empresa de segurança privada.
“Grande quantidade de armamento, assessórios para armamento, vestimentas de segurança e de natureza policial, placas falsas de veículos, diversos instrumentos para cometimento de delitos, rádios comunicadores e tudo mais. Ele estava recebendo abrigo desse rapaz que é dono de uma empresa de segurança e nós vamos agora atrás desse rapaz para tentar entender essa ligação”, declarou o delegado.