Em sentença proferida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Juara, os réus Antônio Henrique Pereira da Silva, conhecido como “Ceará”, e Wesley Sebastião de Arruda, vulgo “Careca”, foram condenados a 14 anos, 4 meses e 25 dias de reclusão cada um, em regime inicial fechado, pelo roubo à mão armada da relojoaria Bruno Joias, ocorrido em 12 de novembro de 2024.
Segundo a decisão judicial, os criminosos agiram em coautoria e com uso de armas de fogo, rendendo e mantendo reféns dentro do estabelecimento localizado na Avenida Rio Arinos, no centro de Juara.
O crime foi cometido com extrema violência, sob mira constante das armas, e teve como alvo não apenas os bens da loja, mas também os pertences pessoais das vítimas.
O assalto
Na tarde do crime, os dois homens armados invadiram a joalheria, renderam funcionários e clientes, e os conduziram para os fundos do estabelecimento, onde os mantiveram presos por cerca de 30 minutos. As vítimas relataram momentos de terror e constantes ameaças. Os assaltantes obrigaram o proprietário a abrir o cofre e levaram um acervo estimado em R$ 1,8 milhão em joias, relógios e outros bens valiosos.
Além dos bens da loja, foram subtraídos celulares e joias pessoais de ao menos seis vítimas, conforme relatado em juízo. Imagens de câmeras de segurança, reconhecimento fotográfico e apreensão dos objetos com os criminosos reforçaram a materialidade do crime.
Sentença
A Justiça reconheceu todas as qualificadoras do crime, incluindo:
• Uso de arma de fogo;
• Concurso de pessoas;
• Restrição da liberdade das vítimas.
A sentença também destacou a reincidência dos réus, ambos com extensa ficha criminal e condenações anteriores por roubo, o que levou o juiz a negar benefícios como a substituição da pena por medidas alternativas ou suspensão condicional.
O magistrado também determinou o encaminhamento das armas e munições apreendidas ao Comando do Exército para destruição ou doação, conforme prevê a legislação.
O caso teve ampla repercussão em Juara e região pela ousadia dos criminosos e pela violência empregada em plena luz do dia no centro da cidade. A condenação representa uma resposta firme do Poder Judiciário à criminalidade violenta e um alívio para a população e vítimas envolvidas.