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'Acabou nossa paz', diz filha de idosa que teve coração arrancado em MT
A Justiça se baseou em laudos médicos recentes que apontam estabilidade clínica e ausência de sintomas psicóticos no momento, mas o próprio relatório reconhece que o transtorno é crônico e incurável, com possibilidade de recaídas e necessidade de acompanhamento constante.
Por Administrador
Publicado em 23/06/2025 18:05
Notícias

A decisão da Justiça de Mato Grosso, que autorizou a saída de Lumar Costa da Silva, de 30 anos, do Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, trouxe o sentimento de medo e insegurança à família. Ele matou a tia, Maria Zélia da Silva Cosmo, 55, no dia 2 de julho de 2019, retirou o coração dela e entregou aos familiares dentro de um saco plástico. A filha de Maria, Patrícia Cosmo, afirma que voltou a reviver o 'período de mais terror' em sua vida.

Em entrevista a rádio Capital FM, na manhã desta segunda-feira (23), Patrícia disse que agora, quase 6 anos após o crime brutal que destruiu sua família, o sentimento é desespero e medo. Ela não conseguiu raciocinar ainda o que fará diante do novo cenário, com o primo em liberdade. 

“Estou com muito medo, com temor. Na verdade, eu não sei nem o que eu vou fazer para fugir disso. Já não estou conseguindo dormir direito, estou com medo, meus filhos estão com medo. O momento é de terror, uma pressão psicológica de que acabou a nossa paz”, pontuou.

A decisão do juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, autorizou que Lumar seja transferido para Campinápolis, interior de São Paulo, onde deverá viver sob os cuidados do pai e continuar o tratamento de forma ambulatorial.

A Justiça se baseou em laudos médicos recentes que apontam estabilidade clínica e ausência de sintomas psicóticos no momento, mas o próprio relatório reconhece que o transtorno é crônico e incurável, com possibilidade de recaídas e necessidade de acompanhamento constante.

Patrícia disse ainda que a única saída é se apegar a Deus, pois foi ele quem a sustentou desde então. "Só tenho que pedir para Deus e pelas pessoas que tenham compaixão e orarem por mim, só Deus mesmo, porque se estou aqui e que dei continuidade na minha vida é por conta dele, assim como ele me sustentou até agora, ele me dará um direcionamento de como seguir", finalizou.

O caso

Lumar morava em São Paulo e mudou-se para Sorriso após um desentendimento com a mãe. Ele foi acolhido pela tia Maria Zélia, porém a mulher o expulsou de casa ao saber que fazia uso de drogas. Em 2 de julho de 2019 ele atacou a tia e a matou a facadas.

Com a arma branca, ele arrancou o coração da mulher e o levou para a prima, filha da vítima, em uma sacola plástica. Inicialmente ela acreditou se tratar de uma brincadeira, mas depois percebeu que era verdade.

Na sequência, Lumar ainda roubou o carro da prima e tentou sequestrar a filha dela, uma menina de 7 anos. Com o carro ele bateu numa subestação de energia tentando incendiar o local.

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