A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei Everton Fagundes Pereira da Conceição, 46 anos, conhecido como “Boi”, e indiciou I.A.P., 40 anos, por homicídio qualificado por meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime ocorreu em 11 de julho, em Cuiabá, e teria sido motivado por ciúmes, após a vítima iniciar um relacionamento com a ex-companheira do suspeito.

Segundo as investigações, Everton foi morto com seis disparos de arma de fogo, a maioria a curta distância, que atingiram cabeça, pescoço e costas. O suspeito teria atraído a vítima com o pretexto de pedir ajuda para guardar um veículo, alegando que o carro poderia ser alvo de busca e apreensão. Durante o trajeto, Everton foi rendido, conduzindo uma caminhonete VW Amarok até colidir com outro veículo, momento em que foi executado.

A apuração apontou que o autor era possessivo e não aceitava o fim do relacionamento com a ex-esposa, que já havia registrado boletim de ocorrência e solicitado medidas protetivas contra ele semanas antes do crime. Após o homicídio, o investigado teria descartado a arma, escondido o celular e intimidado familiares da ex-companheira.

Preso e interrogado, ele confessou os disparos, mas negou motivação passional, alegando supostas extorsões por parte da vítima, o que não foi comprovado. Também disse que a arma pertencia ao ex-atleta e que agiu em legítima defesa, versão descartada pela polícia, que demonstrou que o autor possuía arma e costumava andar armado, enquanto Everton não tinha histórico ou posse de armamento.

O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, que remeterá o caso ao Ministério Público para análise e eventual denúncia. A Polícia Civil pediu a conversão da prisão temporária em preventiva para manter o investigado preso durante o processo.