Uma ocorrência de extrema gravidade e teor perturbador foi registrada na noite deste domingo (2), no Hospital Geral, localizado na Rua 13 de Junho, em Cuiabá.

Um casal procurou o pronto-atendimento entre 20h e 21h, relatando que a mulher teria sofrido um aborto espontâneo. No entanto, o estado em que o feto foi entregue à equipe médica levantou sérias suspeitas de crime.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a mulher, de aproximadamente 40 anos, apresentava intenso sangramento e informou aos profissionais de saúde que o aborto teria ocorrido por volta das 17h.

Ao verificar o material trazido em uma sacola plástica, a equipe constatou que se tratava de um feto de cerca de oito meses de gestação, já sem vida, apresentando membros superiores fraturados e a cabeça completamente separada do corpo.

Imediatamente, a equipe do hospital acionou a Polícia Militar, que isolou a área e comunicou o fato à Polícia Civil e à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Os peritos realizaram os levantamentos preliminares no local, diante de um cenário descrito como um dos mais impactantes já registrados na unidade hospitalar.

Em depoimento inicial, o casal manteve a versão de que se tratava de um aborto espontâneo, mas os indícios levantados pela equipe médica e pelos peritos apontam fortes inconsistências. A perícia irá determinar se o aborto foi provocado e se houve participação de terceiros, o que pode configurar crime contra a vida e o nascituro, previsto no Código Penal Brasileiro.

A mulher permanece sob cuidados médicos, em observação, enquanto o companheiro foi ouvido pela Polícia Civil. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia da Mulher devem atuar em conjunto para esclarecer as circunstâncias da ocorrência, que mobilizou autoridades e gerou grande repercussão entre os profissionais do hospital.

O caso segue sob investigação e, segundo fontes ligadas à polícia, será tratado com prioridade devido à natureza extremamente sensível e violenta do episódio.