Teve início nesta semana a campanha “Mato Grosso Contra a Brucelose”. A ação visa combater a doença que causa diversos prejuízos na atividade pecuária.

Conforme levantamento realizado em Mato Grosso sobre a doença em 2002, a brucelose havia acometido 10,25% do rebanho e 41,19% das propriedades, já em 2014, por meio do Programa de Controle e Erradicação da Brucelose uma nova análise constatou a redução de 50% da prevalência da doença no rebanho mato-grossense com 5,1% de fêmeas acometidas em um universo de 24% das propriedades.

Embora a redução seja muito boa, se a erradicação fosse feita apenas com a vacinação das bezerras, ainda demoraria muitas décadas para se chegar ao índice almejado. Diante disso, novas estratégias serão adotadas no estado, é o que explicou o Diretor Técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Francisco de Sales Manzi:

“Se optou por fazer uma correção de rota de duas maneiras. Primeiro, existe uma nova vacina. Se chama RB51, ela é possível que se aplique em fêmeas acima de 08 meses de idade. Então, a idéia é uma campanha para que se reforce a vacinação dessas fêmeas com essa nova vacina, primeiro ponto.

Segundo, que se elimine, ajude a vacina com os exames. Então, fazer exames e os animais reagentes serem enviados para o frigorífico para que você diminua a carga de infestação, infecção dos pastos e tudo mais.”

A Campanha “Mato Grosso Contra a Brucelose” teve início na segunda-feira, dia 01 de Julho e segue até o dia 08 de Agosto.

No período serão testados, através de exames gratuitos, quatorze mil bovinos, divididos nas quatorze regionais de propriedades acima de duzentas matrizes.

O projeto prevê testes em todas as fêmeas em reprodução.

Francisco Manzi explicou como será implantado o projeto.

“Pegar as quatorze regionais do INDEA, fazer um treinamento para os veterinários da iniciativa privada, fazer um treinamento para os veterinários do serviço público, serviço veterinário oficial, fazer uma cartilha aonde esclarece a possibilidade de se utilizar essa nova vacina, se faze exames dos animais, e uma parceria com o frigorífico. Os frigoríficos estarão recebendo esses animais, porque não existe risco de consumo para a saúde humana se o animal for reagente, porque todo o processo de embalagem, resfriamento, congelamento já seriam suficientes para neutralizar a ação da bactéria.”

Os funcionários do serviço oficial do INDEA estarão realizando treinamentos com veterinários autônomos e produtores rurais em Pontes e Lacerda, Cáceres, Juína, Juara, Confresa, Água Boa, Barra do Garças, Lucas do Rio Verde, Sinop, Tangará da Serra, Alta Floresta, Matupá e Rondonópolis.

A Brucelose causa diversos prejuízos na atividade pecuária, como a diminuição da produtividade, causando a perda de competitividade no mercado, vulnerabilidade à barreiras sanitárias e, consequentemente, diminuição da renda do produtor.

Fonte: Mariana Ramon - Mato Grosso no Ar