Caminhoneiros e setor transportador rodoviário deverão chegar a um denominador comum sobre o tabelamento do frete somente na semana que vem.
Audiência que reuniu as partes, nesta quarta-feira em Brasília, discutiu um ajuste no piso mínimo do frete do transporte rodoviário de cargas. A resolução da ANTT suspensa a alguns dias, previa somente o custo mínimo para o frete, deixando de fora a remuneração do caminhoneiro autônomo pela carga transportada.
A ideia, agora, é fazer uma espécie de acordo coletivo entre as partes, disse o Ministro Tarcísio de Freitas, que foi o intermediário desta conversa.
“A partir do momento que você gera consenso, você estabelece um patamar de valor que efetivamente vai ser praticado, que foi o que não aconteceu até agora com a história da tabela de frete. Quer dizer, se gerava um valor que não era realmente pago, não era fiscalizado de certo.”
Patrões e empregados deverão se encontrar na próxima quarta, até lá tudo o que foi proposto vai ser discutido e ampliado entre as partes com boa chance de acordo, disse o representante dos Condutores Autônomos, Carlos Alberto Dahmer.
“É possível, não o lucro total, porque isso é o mercado quem define, mas dá para melhorar os valores, inclusive chegar parte dessa lucratividade dentro dessa composição total de frete.”
A proposta em estudo prevê revisão na tabela para incluir custos que, de acordo com os caminhoneiros, sempre foram desconsiderados. Já os representantes do segmento fariam um acordo sobre o percentual de remuneração a ser aplicado no cálculo do frete.
De Brasília – Paulo Otaran
Fonte: Conteúdo Brasil