O Sintep, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, não vai cumprir a decisão da Justiça, que determinou o retorno da categoria ao trabalho no prazo 72 horas, por considerar a greve abusiva.
“Não é o Judiciário que determina a continuidade ou não da paralisação, mas sim a proposta por parte do governo e a assembleia geral, assim como deliberou, ela delibera também pelo retorno ou não”, afirmou o presidente do Sintep, Valdeir Pereira.
A diretoria do Sindicato, disse ainda que a manifestação da juíza “não muda em nada a luta da categoria” e que a greve geral por tempo indeterminado só será suspensa por decisão da assembleia geral e mediante proposta por parte do governo que respeite as conquistas dos servidores da rede estadual de ensino.
A entidade informou também que vai recorrer da decisão da desembargadora do Tribunal de Justiça, Maria Erotides Kneip, que ordenou o retorno dos servidores ao trabalho.
Caso a decisão não seja acatada pelo Sintep, a magistrada estabeleceu uma multa de 150 mil reais por dia de descumprimento.
Segundo o Sintep, a mobilização dos grevistas continua e o acampamento dos servidores da educação em frente ao Palácio Paiaguás será mantido e um grande ato público está marcado para a próxima segunda-feira, dia cinco de agosto.
Para encerrar a greve a categoria, reivindica o cumprimento da lei de 2013, que dobra o poder de compra dos salários da categoria e que dá direito a 7,69% de aumento salarial, o pagamento da RGA, Revisão Geral Anual, além da devolução dos valores descontados dos salários com o corte do ponto.
Fonte: Sapicuá Rádio News