Entidades indigenistas e ambientalistas reunidas em torno da Fundação Darcy Ribeiro lançaram, em Brasília, o nome do cacique Kaiapó Raoni, ao Prêmio Nobel da Paz de 2020.
A Fundação Darcy Ribeiro é idealizadora de uma petição para que o Cacique Raoni, liderança indígena do povo Kaiapó, que é conhecido internacionalmente pela defesa da Amazônia e dos direitos dos povos indígenas, seja indicado ao Prêmio Nobel da Paz no próximo ano.
Além da petição, a instituição já iniciou o processo de indicação formal do Cacique junto ao Comitê da Noruega, que é responsável pela premiação.
Conforme a instituição, o líder, que está com 89 anos, merece ser indicado, pois é um símbolo vivo da luta pela proteção da natureza, pelos direitos dos povos indígenas e da luta pela paz e boa convivência entre os povos do mundo.
A Fundação também ressaltou que o cacique é respeitado e aplaudido pelo mundo todo por seu legado e histórico de vida dedicado a sobrevivência do planeta, que está ameaçado pelas mudanças climáticas.
“Por tudo que representa, o Cacique Raoni, legítimo representante dos povos originários do Brasil, merece ser o primeiro brasileiro a conquistar em 2020 o Prêmio Nobel da Paz”, argumenta a Fundação Darcy Ribeiro.
Em suas viagens pelo mundo, Raoni defende a necessidade de proteger a floresta amazônica e suas populações nativas, a fim de fortalecer a proteção de seus territórios, promover o uso sustentável da biodiversidade e reduzir a vulnerabilidade às atividades predatórias.
Neste ano, o Cacique mais uma vez alertou o mundo sobre o desmatamento da Amazônia e sobre as ameaças advindas do agronegócio, garimpeiros, mineradoras, grileiros e madeireiros predadores das florestas que abrigam os povos indígenas e as populações ribeirinhas.
Inclusive foi recebido pelos chefes de Estado da França, Bélgica, Suíça, Luxemburgo, Mônaco e Itália, entre eles o Papa Francisco, no Vaticano.
Fonte: Sapicuá Rádio News