A Diocese de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, emitiu uma nota nessa terça-feira (3) informando o afastamento e a abertura de um procedimento para apurar a conduta de dois padres suspeitos de abusar sexualmente de um adolescente.
O caso começou a ser apurado após a tia do adolescente registrar um boletim de ocorrência no dia 11 do mês passado contra os padres. Na denúncia, ela disse à polícia que o sobrinho disse ter sido assediado e abusado pelos suspeitos.
A Diocese de Rondonópolis-Guiratinga informou que os padres estão afastados das funções eclesiais desde o dia 19 de novembro.
A Polícia Civil confirmou a denúncia. Entretanto, o caso será investigado de forma sigilosa por envolver menores de idade.
Em denúncia à polícia, a mulher disse que um terceiro padre teria perguntado sobre o sobrinho dela, durante uma confissão. Ela então questionou adolescente sobre o que estava acontecendo. O adolescente disse que os abusos por parte de um dos padres ocorreram entre os anos de 2015 e 2019.
Inicialmente, conforme a denúncia, o padre o assediou, pedindo fotos íntimas, dando presentes e convidando-o para sair. Ainda de acordo com o depoimento da tia, o adolescente contou que teve vários encontros com o padre e que recebia dinheiro dele.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o adolescente disse que o padre tinha passado o telefone dele para o outro padre, que também está sendo investigado. Esse outro padre também passou a assediá-lo e então marcaram encontros, durante aproximadamente dois anos.
O adolescente disse, segundo depoimento da tia à polícia, que em conversas com os padres soube que eles tinham supostamente abusado de outros adolescentes que atuavam como coroinha na igreja. Depois de ter sido transferido para outro município, um dos padres continuou mantendo contato com a vítima, por meio de aplicativo de mensagens de celular.
Segundo a Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, assim que a denúncia chegou ao bispo, as providências foram tomadas.
Fonte: G1/MT