A Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI da Energisa, ouviu a Secretaria-Adjunta de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor, Procon, Gisela Simona.
Este foi o segundo depoimento programado pela equipe técnica; na primeira vez, esteve o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas, Dillon Caporossi.
Durante a oitiva, Simona entregou um documento contendo os números de reclamações e irregularidades contra a empresa; valores abusivos cobrados pela Energisa nas faturas; má prestação de serviços e demora na religação da rede.
Na sequência, respondeu aos questionamentos dos deputados e mostrou um esboço dos valores das multas aplicadas pelo órgão contra a empresa.
Segundo a dirigente do Procon Estadual, a Energisa já foi multada em mais de 13 milhões de reais.
“Fiscalizamos as relações de consumo e a nossa média de acordo é de 60%, porém, hoje, a multa geral do Procon contra a Energisa é de 13 milhões 822 mil reais, perfazendo um total de 289 penalidades aplicadas”, revelou Simona.
Outro dado mostrado pela superintendente está direcionado para o alto número de reclamações. Segundo ela, em 2018, o Procon registrou cinco mil 809 denúncias contra a Energisa.
Já neste ano, as reclamações contra a concessionária saltaram para mais de oito mil e 200.
Os valores abusivos cobrados pela Energisa na conta de energia elétrica também ganharam destaque na explanação da superintendente do Procon.
“São números que nos assustam, vejam por exemplo que, de fato, 82,6% das pessoas que reclamam no Procon são direcionadas pela cobrança abusiva na fatura, ou seja, de valores altos”, apontou Simona.
Ao final da reunião, o presidente da comissão, deputado Elizeu Nascimento, destacou a participação e a parceria do Procon durante as audiências públicas, colaborando com orientações e sugestões para a melhoria dos trabalhos da concessionária em Mato Grosso.
Para a próxima oitiva, a CPI da Energisa vai convocar um representante da Ager e outro da Defensoria Pública.
Fonte: Sapicuá Rádio News