O Hospital das Clínicas de São Paulo investiga caso de 7 pacientes com suspeita de reinfecção pelo novo coronavírus.
Pesquisadores estão fazendo sequenciamento genético para avaliar se são vírus diferentes, se houve mutação ou se o mesmo vírus da primeira infecção voltou a se manifestar.
Mais 9 pacientes estão sendo monitorados pela USP de Ribeirão Preto e outros 4 casos são investigados na Fiocruz do Rio de Janeiro, totalizando 20 casos de possíveis reinfecções pelo novo coronavírus no país.
O coordenador do ambulatório e responsável pela estrutura de análise de reinfecção pelo novo coronavírus no Hospital das Clínicas de São Paulo, Max Igor Lopes, explicou que várias estratégias estão sendo usadas para analisar possíveis reincidências da doença.
“Não basta só encontrar o vírus em dois momentos e sequenciar. Eu preciso também, afastar, se possível, que a segunda vez que a pessoa fica doente não tenha uma outra infecção acontecendo, que às vezes simplesmente eu encontro o vírus da garganta, mas não tá tendo nada diferente naquele momento. E aliás, isso seria uma crítica em relação a esse trabalho de Hong Kong. Eles acham que é uma segunda infecção porque o vírus acabou sendo muito diferente de uma vez em relação a outra, mas quem disse que essas mutações não apareceram do próprio indivíduo?”
O mundo está em alerta para as suspeitas de reinfecção pela Covid-19. Em Hong Kong, cientistas informaram que um paciente de 33 anos, sem doenças pré-existentes, contraiu o novo coronavírus pela segunda vez, quase 5 meses após a primeira infecção.
Bélgica e Holanda também investigam diagnósticos semelhantes.
O sequenciamento genético do vírus está sendo analisado pelos pesquisadores e, neste caso, há várias possibilidades. Uma delas é que a pessoa infectada na primeira vez pode carregar resíduos do vírus no organismo e assim poderá se manifestar novamente. Outra hipótese é que o vírus pode sofrer uma mutação genética, mas esses casos ainda são raros.
Fonte: RBA News