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Mãe de bebê jogado em córrego no Sul de MG teria se divertido após o crime
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Publicado em 19/04/2022

A Polícia Civil confirmou que a mãe do recém-nascido encontrado morto em um córrego de Três Pontas (MG) no início do mês saiu para beber com amigos após ter matado o bebê e jogado o corpo no local. Ela foi indiciada homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Inicialmente, a Polícia Civil trabalhava com a possibilidade de crime de infanticídio (morte do filho provocada pela mãe durante o parto ou durante o estado puerperal). "Esse estado puerperal é uma alteração psíquica que a mãe tem logo após o parto e que aumenta a sua sensibilidade", disse o delegado Gustavo Gomes, responsável pelo caso, Mas a polícia concluiu, verificando laudos psiquiátricos, que a jovem não agiu sob fortes emoções e cometeu o crime sozinha.

"A forma como a vítima reagiu pós-crime, esse laudo psiquiátrico que ela foi submetida na penitenciária em Três Corações, afastou qualquer possibilidade dela ter agido de forma inconsciente, sobre estado puerperal, que é uma alteração psico-hormonal", afirmou o delegado.

"Por isso concluiu-se que, ao invés do infanticídio que inicialmente se cogitou, passa-se a responder por homicídio qualificado e doloso, na modalidade dolosa."

Ainda de acordo com ele, o crime de ocultação de cadáver se configura "porque o lançamento da criança no córrego não foi um meio de cometer o crime. "Pelo contrário, foi uma forma de ocultar o crime que ela já tinha cometido e lançando no córrego. A ideia dela no lançamento no córrego era ocultar. Tanto que ela quase conseguiu, porque o corpo foi descoberto três dias depois.

"Segundo a polícia, a mulher escondeu a gravidez da família deu à luz em um banheiro. O bebê foi encontrado dentro de um córrego de uma avenida central por um policial militar. Imagens de câmera de segurança divulgadas em redes sociais mostraram o momento em que a mãe jogou o bebê no córrego.

A mulher foi detida pela Polícia Rodoviária Federal dentro de um ônibus em Bragança Paulista (SP). Após ser ouvida em Pouso Alegre, no Sul de Minas, a mãe do bebê teve a prisão preventiva decretada e foi levada à Penitenciária de Três Corações. Segundo a polícia, ela confessou o crime e disse que se desesperou após a repercussão do caso.

O delegado Gustavo Gomes afirmou que as investigações apontaram que a mulher "escondeu a gravidez de boa parte da família e amigos".

"Algumas pessoas sabiam e até a orientaram a procurar um médico, mas ela se manteve omissa e não o fez durante a gravidez. E, na hora do parto, também não. Ela teve as dores do parto, se colocou na madrugada dentro de um banheiro, teve a criança, que nasceu com vida", descreveu ele.

"Isso é um elemento importante para nós. E [a mãe] não procurou ajuda pós-parto, ceifou a vida da criança ou pela omissão da ausência de cautelas iniciais e cuidados ou por uma asfixia. Isso o laudo não deixa muito claro. Mas o fato é que ela teve a intenção de matar, matou. Era uma gravidez indesejada."

"A investigação foi concluída na última quarta-feira [13 de abril] e encaminhada ao fórum na data de ontem [segunda-feira, 18 de abril]. Ela [a mãe do bebê] responde por homicídio qualificado, que é pena de 12 a 30 anos, mais o crime de ocultação de cadáver, que a pena é de um a três anos. Então, a gente acredita que vai ser uma pena bastante alta e vai ser submetida ao júri popular", disse o delgado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: G1

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