Foram anos de espera e muito investimento por parte da empresa Lugui Construtora de Obras e Saneamento Eirelli, para a construção do aterro sanitário do Vale do Arinos, construído no município de Novo Horizonte do Norte.

Após várias etapas cumpridas pela empresa o aterro da Inova está pronto desde o mês de setembro de 2022, porém, aguardava pela licença de operação, que deve ser dada pela Sema-MT, que finamente saiu.

No dia 13 de março de 2023, a Sema – Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, finalmente expediu a LO – Licença de Operação, nº 329068/2023, autorizando a empresa a iniciar suas atividades. A licença é válida até 13 de março de 2027.

No entanto, mesmo com licença em mãos, a empresa ainda não iniciou as operações, pelo simples fato de que ainda não começou receber os resíduos dos municípios do Vale do Arinos.

O Show de Notícias foi recebido pelo empresário Valdemir Tavares Pereira, sócio diretor da empresa Inova (Lugui), que falou com preocupação sobre o assunto.

A preocupação de Valdemir está na demora para os municípios do Vale do Arinos aderirem ao projeto e comecem a mandar os resíduos para o aterro da região.

A questão é que, desde a conclusão da obra, a empresa parou de gastar com a construção, mas passou a ter custos de operação. Funcionários, máquinas e manutenção, precisam ser feitas rotineiramente, mesmo com as atividades paralisadas.

Entenda a questão:

Dos quatro municípios do Vale do Arinos, Juara ainda mantém um lixão a céu aberto e não leva os resíduos para um aterro sanitário, como é o caso de e Porto dos Gaúchos e Tabaporã, que transportam seus lixos até o aterro sanitário Canaã, no distrito de Primaverinha, no município de Sorriso e Novo Horizonte do Norte entrega em um aterro de Sinop.

No caso de Tabaporã, são transportados para Primaverinha, os resíduos da cidade e dos distritos de Americana do Norte e Nova Fronteira.

Para Juara iniciar a entrega dos resíduos no aterro da Inova, depende apenas de questões burocráticas, como autorização da câmara para assinatura de contrato com a empresa, possivelmente, por licitação, que demanda tempo.

A empresa já comunicou todas as prefeituras do Vale do Arinos, que recebeu a licença de operação e que está apta a receber os resíduos. No entanto, os prefeitos ainda não se pronunciaram a respeito.

O diferencial para os municípios do Vale do Arinos é o custo para entregar seus resíduos em Novo Horizonte do Norte, que, segundo Valdemir, pagam hoje, somando-se o frete e o pagamento por tonelada, cerca de 200% a mais que pagarão para entregar em Novo Horizonte do Norte.

O aterro tem capacidade de receber 90 toneladas dia de resíduos e isso dá possibilidade de atender aos quatro municípios do Vale do Arinos, Brasnorte, Juína e Itanhangá, por um valor de R$ 200,00 a tonelada.

No caso de Juína, depende apenas de negociação, pois atualmente eles estão sendo entregues em um aterro do estado de Rondônia.

A empresa aguarda pela ação dos municípios, que irão economizar e ganhar tempo, entregando em seu aterro sanitário.