A advogada Sílvia Giraldelli, que tem acompanhado e assistido algumas pessoas que foram presas em Brasília no dia 08 de janeiro, por estarem na capital federal no momento em que o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto foram invadidos e depredados.
Silvia disse que uma das mulheres é sua cliente e que acompanhou a audiência de custodia, ocorrida na manhã de ontem na cidade de Sinop, cidade em que elas foram levadas após a prisão em Juara, na Operação Lesa Pátria, nessa terça-feira, dia 18.
Ela informou ainda, que, após a audiência de custódia, elas foram encaminhadas para um presidio na cidade de Colíder no norte de Mato Grosso.
A defensora dos presos, disse ainda, que no dia 25 estará em Brasília, para assistir os outros dois clientes que ainda restam segregados na capital federal.
De todas as pessoas de Juara, que foram presas em Brasília no dia 08 de janeiro, ainda restam dois homens presos, os demais, mulheres e homens, foram liberados e estão em Juara, usando tornozeleira eletrônica.
A advogada disse ainda, que as mulheres não participaram dos eventos em Brasília e que foram presas por que houve denúncias de pessoas de Juara.
Ela lamentou o fato e demonstrou indignação por que pessoas de uma cidade com menos de 40 mil habitantes, onde todos se conhecem, alguém se sinta feliz em denunciar e comemorem a prisão de pessoas inocentes.
São mulheres trabalhadoras, que nasceram em Juara, nunca cometeram nenhum crime e que, de repente, tem a sua liberdade cerceada, simplesmente por que publicaram ou replicaram algumas fotos na internet, pois elas não estavam nem no CG, apenas estavam na capital federal.
Sem citar nomes, Silvia também expos sua revolta, pelo fato de que, segundo ela, teve autoridade do município que comemorou a prisão das mulheres.
Aparicio Cardozo Show de Notícias
Publicado em 20 de Abril de 2023 , 07h24 - Atualizado as 07h44